sábado, 19 de março de 2011

Mundo prepara ação militar contra a Líbia


Líderes dos países europeus, árabes e os Estados Unidos posam para foto do encontro que discutiu uma intervenção militar coordenada na Líbia
Lionel Bonaventure/Pool/Reuters



Militares carregam caça com míssil em em base de Saint Dizier, ao leste da França
AP






Rebeldes líbios andam fortemente armados na cidade de Benghazi após abaterem avião do governo de Kadhafi
Patrick Baz/AFP


Avião de carga C130 dos Estados Unidos aterrissa em base militar em Akrotiri, no Chipre
Andrew Winning/Reuters


Militares franceses preparam caças Rafale em base de Saint Dizier, ao leste da França. Estas aeronaves que abateram tanques líbios neste sábado, de acordo com o Exército do país
AP



Menino de 5 anos foi ferido durante confronto em Benghazi e é atendido em hospital
Anja Niedringhaus/AP



Caças Mirage 2000 se preparam para atacar alvo líbios neste sábado (19)
AP

 

Governo britânico ordena o deslocamento caças Typhoon e Tornado para o Mar Mediterrâneo em preparação para um ataque militar contra a Líbia
Chris Radburn/PA Wire/AP

 

Aviões da força aérea real voam em formação sobre base militar em Akrotiri, no Chipre
Andrew Winning/Reuters


Governo britânico ordena o deslocamento caças Typhoon e Tornado para o Mar Mediterrâneo em preparação para um ataque militar contra a Líbia
Chris Radburn/PA Wire/AP


  19/03/2011 15h51 - Atualizado em 19/03/2011 15h51 / Do G1, com agências internacionais





Caças da França destroem tanques e veículos armados na Líbia

Número de alvos próximo ao reduto rebelde de Benghazi não foi confirmado.

Após sinal verde da ONU, potências bombardeiam forças fiéis a Kadhafi.

Do G1, com agências internacionais



 Caças da Força Aérea da França destruíram alguns tanques e veículos armados durante ataque na Líbia, informou o Ministério da Defesa neste sábado (19).

O número de veículos destruídos não foi confirmado.

Os ataques começaram às 18h45 locais (13h45 de Brasília), anunciou em Paris o Estado Maior das Forças Armadas.

A rede de TV Al-Jazeera havia informado mais cedo que as forças francesas destruíram quatro tanques e veículos armados.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tinha confirmado pouco antes, em um pronunciamento em Paris, que enviou aviões franceses para intervir no espaço aéreo da Líbia.

"Nossos aviões já estão impedindo ataques aéreos [das forças de Kadhafi] na cidade [Benghazi, sede dos rebeldes]", disse o presidente. Segundo ele, a missão militar apoiada por França, Reino Unido, EUA e Canadá e apoiada pelos estados árabes, pode ser paralisada se o ditador parar os ataques aos civis, como exigido por uma resolução da ONU aprovada na quinta-feira.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a violência na Líbia deve terminar, mas disse que seu país não vai tomar parte na ação militar.

O premiê britânico, David Cameron, disse que Kadhafi quebrou o cessar-fogo e enfrentará agora ações urgentes para que se evite a morte de civis. "O coronel Kadhafi fez isso. Ele mentiu para a comunidade internacional, ele prometeu um cessar-fogo e o quebrou."

Líderes árabes e ocidentais estão em Paris para discutir os ataques aéreos contra a Líbia, após a aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU de uma intervenção no país do norte da África. O regime do ditador Muammar Kadhafi está há mais de um mês reprimindo manifestações e ações armadas de membros da oposição que exigem a sua renúncia, após 42 anos no poder.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, durante reunião no Palácio do Eliseu neste sábado (19) (Foto: AP)A Rússia lamentou a "intervenção armada estrangeira na Líbia", em um comunicado do porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Alexandre Loukachevitch.

Combates

Mais cedo neste sábado, rebeldes disseram que tropas do ditador invadiram Benghazi, forçando os opositores a recuarem e desafiando as ordens de cessar-fogo feitas pelas Nações Unidas na sexta-feira. A rede árabe Al Jazeera noticiou que 26 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas neste bombardeio.


Segundo a Reuters, forças líbias leais a Kadhafi também dispararam contra a cidade rebelde de Misrata no início deste sábado e o fornecimento de água continua interrompido, disse um morador.


Apesar dos relatos sobre a desobediência ao cessar-fogo, autoridades líbias negam que atacaram rebeldes e dizem estar respeitando o cessar-fogo.


O ministro líbio de Relações Exteriores, Musa Kusa, pediu neste sábado ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o envio de observadores para verificar o cessar-fogo decidido na sexta-feira, e cumpre a resolução da ONU.

"Anunciamos um cessar-fogo, prova de que a Líbia respondeu de forma positiva às decisões da ONU", declarou Musa Kusa em coletiva de imprensa em Trípoli. "E para demonstrar nossa credibilidade, pedimos ao secretário-geral da ONU que envie observadores internacionais", completou.


O líder do rebelde Conselho Nacional da Líbia pediu que a comunidade internacional agisse rapidamente para proteger civis das forças de Kadhafi. "Hoje em Benghazi haverá uma catástrofe se a comunidade internacional não colocar em prática as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou. 'Apelamos à comunidade internacional, a todo o mundo livre, para impedir essa tirania de exterminar civis."



Segundo a agência de notícias France Presse, milhares de pessoas fugiam neste sábado de Benghazi. Na localidade de Al Marj, 50 km a leste de Benghazi, na estrada rumo a Tobruk, localizada perto da fronteira com o Egito, foram registrados engarrafamentos. As pessoas que fugiam formavam longas filas em frente de postos de gasolina e padarias, com o objetivo de se abastecer para dirigir por estradas a Tobruk, uma cidade situada a 350 km a leste, próxima ao Egito.



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